Abertura da I Mostra IDB de Talentos com a exposição “A Brincadeira de Olhar”
Hoje, 19 de setembro, foi realizada a abertura da I Mostra IDB de Talentos, com a exposição fotográfica “A Brincadeira de Olhar”, da aluna do 1ª Ano do Ensino Médio, Ana Beatriz Santos Pinho. A Mostra é composta por cinquenta imagens, retratando os momentos mais inspiradores e emocionantes da XXXIII Gincana Cultural Teresina, Meu Amor.
“A Brincadeira de Olhar” foi escolhida como nome do evento em alusão ao tema da Gincana 2016, “IDB, A Alegria de Aprender Brincando: De Corpo, Cabeça e Coração”. As imagens estarão à venda no valor de R$40,00 e, além das que estarão nos expositores, outras fotos serão apresentadas no projetor e também poderão ser adquiridas no valor de R$ 25,00, cada. Todo o dinheiro da exposição será doado para o XIII Festival da Criança, que será realizado no dia 12 de outubro, na Comunidade Satélite.
A Mostra de Talentos do IDB foi idealizada com o objetivo de valorizar as habilidades artísticas dos alunos da Escola, destacando o talento que cada um tem. Esta é a primeira e, eventualmente, serão realizadas outras exposições, sejam elas de fotografia, ilustrações, artes plásticas, ou em outras áreas que os alunos se destacam.
Mostrar a Gincana IDB com outro olhar. Esta foi a ideia de Ana Beatriz quando decidiu registrar o evento, no dia 16 de agosto. “Eu queria captar as cores, as emoções, os momentos que ninguém da valor, mas que no fundo, é uma coisa, que faz com que a pessoa esboce uma surpresa, como um: ‘Nossa, que interessante!’”, declara Ana Beatriz.
A dombarretana afirmou estar muito feliz com a oportunidade de expor seu trabalho, mesmo sendo tão nova, e defendeu a importância da Mostra IDB de Talentos existir. “Essa iniciativa é muito importante, porque é uma forma de incentivar não só a mim de continuar, mas como também outras pessoas a mostrarem o que elas têm de talento. Aqui na Escola tem muita gente que faz inúmeras coisas. Temos muita gente no IDB, inclusive, que fotografa, mas que nunca teve a oportunidade de mostrar”, explicou.
A diretora do Instituto Dom Barreto, Stela Rangel, fez a abertura oficial do evento. Durante seu discurso, a professora Stela afirmou que Ana Beatriz soube documentar habilmente pela imagem fotográfica as cenas mais significativas da nossa Gincana Teresina Meu Amor 2016 e parabenizou a jovem pelo talento.
“A máquina fotográfica, apesar de ser um instrumento dotado de memória é, por outro lado, incapaz de pensar. Isso assegura dizer que a imagem produzida por uma câmera resulta também do olhar sensível e criativo do fotógrafo. Daí o mérito de Beatriz: suas fotos ao falarem por si falam também de sua sensibilidade artística. Nossos parabéns a Beatriz e que doravante procure aprimorar seus dons artísticos”, explicou a diretora.
A exposição contou com a presença especial do fotógrafo piauiense Brito Júnior. O profissional é experiente na área, ganhador do Prêmio Funarte e Embratel Fotografia e já concorreu ao Prêmio Esso em 2010. Trabalhou no Jornal Folha de São Paulo e Revista Veja. Expôs no MOMA em Nova York com fotos de sem teto, stil de um documentário premiado. E foi correspondente do Washington Herald Journal e Le Mond.
“É com felicidade que vejo o trabalho da Ana. Essa atitude que o IDB toma agora é algo muito sério. Os alunos precisam saber que isso é muito importante para o futuro deles. A fotografia tem o poder infindável de abrir os horizontes para as pessoas. Eu, através da fotografia, já me emocionei ao ponto de cair em prantos ao fotografar um circo de favelas. Ela não é só um artifício moderno para ser usado em redes sociais”, disse Brito.
Ana já teve a oportunidade de expor suas fotos na Semana Cultural 2015, no Convívio Cultural, na abertura das duas peças do evento que foram “Capitães da Areia”, obra de Jorge Amado, e “Beira Rio, Beira Vida”, do escritor piauiense Assis Brasil.
A exposição acontece no Hall da Brinquedoteca, com as fotos que a própria aluna, Ana Beatriz, escolheu para expor seu talento, com um olhar delicado e cheio de emoção. Não deixe de conferir!
Paz e Bem!
Abaixo, textos das Equipes Uh Boom Tum e Khairós referentes às imagens da exposição.
Foto: A menina de cabelo amarrado.
“A menina dança sozinhapor um
momento.A menina dança
sozinhacom o vento, com o ar,
como sonho de olhos imensos…”
(Mario Quintana)
Foto: Dança samba.
“Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co’as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim!”
(Casimiro de Abreu)
Foto: Dança thriller.
A dança? Não é movimento,
súbito gesto musical.
É concentração, num momento,
da humana graça natural.
No solo não, no éter pairamos,
nele amaríamos ficar.
A dança – não vento nos ramos:
seiva, força, perene estar.
Um estar entre céu e chão,
novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixão
libertar-se por todo lado…
Onde a alma possa descrever
suas mais divinas parábolas
sem fugir à forma do ser,
por sobre o mistério das fábulas.
(Carlos Drummond Andrade)
Foto: Menina pintando.
“Tempo é criança jogando e brincando”
(Heráclito)
Foto: José brincando
As crianças não usam relógios para marcar tempo;
usam relógios como brinquedos.
Brinquedo é o tempo do prazer: corpo com asas.
Que maravilhosa transformação:
usar a máquina medidora do tempo para subverter o tempo.
(Rubem Alves)
Foto: Menina de saia vermelha
Criança é kairós brincando com o chronos,
como se ele fosse bolhas de sabão:
redondas, perfeitas, efêmeras, eternas.
Como o amor…
(Rubem Alves)
Foto: Roda
Brincando, o aprendizado se torna doce.
E como dizia Clarice Lispector “a doçura
é tanta que fez insuportável cócega na alma.
Viver é mágico e inteiramente inexplicável”
Foto: Triângulos
Quando estiver montando blocos
Construindo casas, prédios, cidades
Não digam que estou sóbrincando
Porque brincando, estou aprendendo
Aprendendo sobre equilíbrio e as formas.
Um dia, posso ser engenheiro ou
arquiteto. (…)
Estou preparando-me para o futuro.
Hoje, sou criança e o meutrabalho é brincar.
(Autor desconhecido)
Foto: Menina sentada
Grande é a poesia, a bondade e asdanças…
Mas o melhor do mundo são as crianças.
(Fernando Pessoa)
Foto: Casal no bar
Meu Deus!
Eras bela
Donzela,
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo,
Qual silfo
Risonho
Que em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa
Tu davas,
Mandava
A quem?!
(Casimiro de Abreu)
Foto: A torcida
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põequanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
(Fernando Pessoa)
Foto:Os meninos jogando futebol
O maestro sacode a batuta,
A lânguida e triste a música rompe …
Lembra-me a minha infância,
aquele dia
Em que eu brincava ao pé dum
muro de quintal
Atirando-lhe com, uma bola que
tinha dum lado
O deslizar dum cão verde, e do
outro lado
Um cavalo azul a correr com um
Jockey amarelo …
Prossegue a música, e eis na
Minha infância
De repente entre mim e o
maestro, muro branco,
Vai e vem a bola, ora um cão
verde,
Ora um cavalo azul com um
jockey amarelo …
Todo teatro é o meu quintal, a
minha infância
Está e todos os lugares e a bola
vem a tocar música (…)
(Fernando Pessoa)
Foto: Torcida no escuro
“Para além da pele, do sangue, dos ossos,
somos um feixe de amor
e pensamentos,
somos estrelas, somos luz
e nossa energia dança,
pulsa, se contrai, ying,
se expande, yang,
criando com delicadeza
novos laços, constelações
de amigos, assim, entre o escuro
e a luz, viajamos pelo Universo.
(Roseana Murray)
Foto: Favela
Hoje um anjo pousou
em meus olhos:
eu caminhava,
e de repente,
tudo ficou
tão leve e alado,
havia em todos,
nas ruas e nas casas,
um desejo de querer bem,
de repartir o pão,
de inventar jardins
e gestos delicados,
Todos amavam todos
numa ciranda infinita,
que dava a volta no mundo
fazendo um anel de luz.
(Roseana Murray)
Foto: O olhar
O olhar feito cântaro
cheio até a borda
de puro mel.
O olhar como favo
ou quem sabe
uma teia de ternura
abraçando o mundo.
O olhar feito barco
de carregar o outro
até a outra margem,
até um porto seguro.
O olhar feito carruagem macia
de conduzir o outro,
com delicadeza,
pelos labirintos da vida
até seu próprio coração.
(Roseana Murray)
Foto: Flores de papel
Infinito é o jardim
das delicadezas,
semeado desde
o primeiro dia do mundo.
Há que alimentá-lo,
hora por hora,
com palavras e gestos
e pedaços de alma.
Há que ser incansável
jardineiro:
para este jardim
cada sorriso é um sol
(Roseana Murray)
Foto: Asa iate
“A alma é invisível,
um anjo é invisível,
o vento é invisível,
o pensamento é invisível.
E no entanto, com delicadeza,
pode-se enxergar a alma,
pode-se perceber o anjo,
pode-se sentir o vento…
Pode-se mudar o mundo com alguns pensamentos!”
(Roseana Murray)
Foto: Menina pintando
Gastei toda a minha tinta
Para pintar para você um novo mundo
Feito de cores e desenhos abstratos
Sonhos de papel, flores de pano
Pare que eu vou te pintar
Dentro das cores do meu
mundo até você se tornar
outro sonho de criança
Pedro Henrrique
Foto: Pirulito
Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
Vou me refazer criança
Transformar esse mundo em meu
Vou te ensinar de novo como se dança
Pra você reaprender a amar
E quando nosso amor for de novo criança
Eu possa na brincadeira cantar:
Essa ciranda é minha
O pirulito é meu
Minha amada é rainha
E meu amor é todo seu
Rachel Mendes
Foto: O Saci
Pula, pula, some e dança
Feito uma criança segue o seu destino
Se esconde na floresta
Nunca perde festa
Quer se divertir
Gilberto Gil
Foto: Papeis coloridos
Nas dobraduras de papel
Das páginas do livro da vida
Achei cachorros, gatos, mundos
Que cabem dentro do bolso.
E surpresa! Achei você também
Numa dobradura de coração
De papel que não se desfaz na chuva.
Rachel Mendes
Foto: fitas
Me fiz chuva de cores
Sem dores nem amores
Sou feito de tinta
Persigo a rima
Me escrevo nas fitas
Sou paleta e escriba
Tinta sem pincel
Codinome de luz
Pedro Henrrique
Foto: argila
Terra
Minha terra
Meu chão, meu lar, minha essência
Minha historia, minha, meu, eu.
Seca?
Rachada?
Pobre?
Com meu suor de nordeste
A terra vira argila
E da argila eu faço um universo
Que universo nenhum consegue conter
Rachel Mendes
Foto: espedito e amanda
Vou te encontrar meu bem
Sambando na avenida
Meu coração de tamborim
É a minha vez de ser alegria
Pedro Henrrique
Foto: menino pintando uma casinha de barro
Vim pintar minha casa de barro
Substituir os muros de concreto
Pela cor dos teus olhos, João-de-barro
Pedro Henrrique
Foto: a menina vestida de princesa de costas
Sou princesa por vocação
Tenho sorriso, andar e cantar de princesa
Subo em arvore, danço em baile
Sigo a ciranda da vida
O meu reino é ladrilhado
A minha casa não tem número
Meu sorriso não tem idade
E meu decreto foi fazer uma ponte
Feita de flores
Só pra você, o meu amor, passar
Pedro Henrrique
Foto: menina com a fantasia de flor
No jardim ressecado e frio da vida
No jardim pedregoso da vida
Embaixo do sol quente da vida
Fui regar meu futuro trêmulo e hesitante
Quando em meio a rochas
Vi uma rosinha
Pequenininha
Meio assim envergonhada
Ainda sem muita noção das coisas
Bem do lado do meu futuro
Rosas que não queimam no sol
E crescem em qualquer lugar
Rachel Mendes
Foto: balões e fitas no teto
Pra você meu coração voa e plana
Sente o gosto de algodão-doce das nuvens
Segura nele que eu te levo pra longe
Mais rápido que tapete mágico
Pra um lugar mais colorido que arco-íris
Que carnaval
Meu coração vira balão de todas as cores
Pra te amar em todas elas
Rachel Mendes
Me fiz chuva de cores
Sem dores nem amores
Sou feito de tinta
Persigo a rima
Me escrevo nas fitas
Sou paleta e escriba
Tinta sem pincel
Codinome de luz
–
Gastei toda a minha tinta
para pintar para você um mundo novo
Feito de cores e desenhos abstratos
Sonhos de papel, flores de pano
Pare que eu vou te pintar
Dentro das cores do meu mundo
até você se tornar
outro sonho de criança
–
Vim pintar minha casa de barro
Substituir os muros de concreto
Pela cor dos teus olhos, João-de-barro
–
vou te encontrar meu bem
sambando da avenida
meu coração de tamborim
é a minha vez de ser alegria
–
Sou princesa por vocação
Tenho sorriso, andar e cantar de princesa
Subo em árvore, danço em baile
sigo a ciranda da vida
O meu reino é ladrilhado
A minha casa não tem número
O meu sorriso não tem idade
E o meu decreto foi fazer uma ponte
Feita de flores
Só para você, o meu amor, passar
historinha de amor
–
O meu coração
Veio te coroar
Como rainha das terras que não existem
Senhora dos mundos que não possuo
Governante de um mundo sem lei
Imperatriz das coisas fugitivas
E dos amores vãos
Rainha louca das estórias perdidas
a ti pertence o meu nada, pois que já és meu tudo
O meu coração
te coroa nesta tarde azul
Rei das brumas frias
Senhor das ilusões findas
Governante da terra do nunca
Imperador dos beijos vãos
A nossa história de guerra e paz
É cheia de deuses e reis
mas somos nós dois plebeus
Cheios de ouro invisível
E lágrimas de prata
Meu coração de gincaneiro
que pula, dança e grita
Meu coração grita. folia
Traduz todas as formas em riso
modifica a cor
Fazendo as curvas do mundo
Mais suaves com amor
–
Vem voar azul em um céu amarelo
–
Não sou rosa
Sou flor-de -lis
Rosa do deserto
Pétala de luz
Filha da terra
Sincera e bela
–
O meu picadeiro encantado
Um circo voador
Sou palhaço nada mais
Respeite minha dor
Fruto de mistério
Tenho alegrias não amor
De circo em circo voo no trapézio
Não tenho saudades do chão
Meu bem,
o riso é a resposta do sono
profundo das dores
Sou poeta das cores
Sou criança do amor
–
Agora que é carnaval sou rainha
Agora a pele não tem cor
Agora somos todos cinzas
Na historia brasileira multicor
Agora eu me lembrei q sou rainha
Corro, danço e pulo
Pelas ruas e mares de Lisboa
Nado no Tejo, brinco sozinha
E Rio meu bem,
O índio meu bem,
Continua lindo… Continua lindo…
continua indo
–
Não tenho medo do escuro
nem medo da morte
Não sou herói, nem Deus
Sou criança mesmo
–
We are a midnight fairytale
–
Feitos para jogar descalços
–
Meu jarro de ouro feito de barro
Minha feijão mágico que cresce para trás
A menina pintava um jarro
E eu pintava minha vida
Somos todos feitos tinta
–
A lei das imagens invisíveis
Fabrico flores de cerâmica
Como arquiteta do mundo
Artesã dos seres mais leves
–
A luz se deita
sobre nossos pés cansados
–
A marcha de dos destemidos
(infinitos humanos)
–
minha máscara de fera!
Por dentro somos frágeis
-Pedro Lopes